terça-feira, novembro 07, 2006

Cronicas de um Pré Namoro V pt 1

Este final de semana foi da pá virada.

Comecemos. Sexta feira, o chefe me pedi encarecidamente para que eu chegue no meu horário normal de trabalho, pedido que eu sem nenhuma noção do perigo, desrespeito com muita vontade.
Acordo cedinho e fuçando em meu armário encontro uma calça social, como eu teria que gravar o filme da Jurema naquele dia, visto-a, coloco uma camisa e vou pra lavoura de tomate.
No serviço trato de fazer trabalho do Acácio (na realidade só complementar o que V. havia escrito), e lembro que os roteiros da Jurema estão comigo.
Tento utiliza-los como alternativa para ir ver a V. na hora do almoço, mas ela acaba não compreendendo a mensagem e manda Bruneka vir ao meu serviço busca-lo.
Instruções via fone e não deixam Bruneka entrar no prédio. Desconfio que o jeito Hippie sujo de ser esteja de alguma forma vinculado a isto.
A noite indo para a faculdade muito mais cedo que o normal recebo ligações de Elzão me chamando para ir para o show do Vilania ou para ir assistir a tour de bandas independentes que teve na OUTS (chamado pela V. carinhosamente de pulgueiro). Explico para ela a impossibilidade de ir, já que sexta é dia de ficar com a V. até o metro fechar e eu ter que sair correndo igual a um doido balançando os braços e gritando como uma mulherzinha para que me deixem entrar no vagão do lixo.
Conto para V. tudo isto ela olha para minha cara e diz; “Pq não foi?”. As vezes acho q ela não entende alguns pekenos esforços que eu faço para ficar junto dela. Meu Vale-Transporte que o diga 
Acerto com a V. sobre sairmos nos sábado, algo que discutimos durante o dia. Penso em cinema como segunda opção. É a que vence lógico.
Após de uma exaustante noite tentando conseguir as mascaras para o filme da Jurema na Faculdade. Vamos para o bar.
No bar, um após o outro as pessoas vão indo embora ficando no fim eu, Gutierrez e Loirão.
Eu e Gutierrez como bons moradores da Alta-Z/L vamos pegar metro.
Quando dois indivíduos que estavam sentados na nossa frente se levantam. Gutierrez, com uma perspicácia digna de um pistoleiro dos tempos do Velho-Oeste percebe os mínimos movimentos e corre desesperadamente.
Eu com a minha astúcia ninja, desvio de uma mortal rasteira desferida pelo inimigo e faço uma retirada estratégica.
Chegamos ao Metro Trianon dando risadas e contando causos sobre assaltos e fugas sem-fim. Eu fico dando risada sozinho e espero pelo sábado.

Sabbath

Sabbath, Bloody Sabbath!!

Para variar acordo as 37 horas da tarde penso em ligar para a V. para sabermos do cinema. Lembro que ela falou que iria sair para fazer as fotos dos nosso trabalho da faculdade juntamente com Loirão.
Espero ela me ligar. A ligação que recebo por culpa do dramatismo de V. parece um término de namoro.
Segue abaixo uma transcrição fiel do telefonema

[Onomatopéia de Telefone]

Eu: Pronto
V.: Oi xu
Eu: Diga doida
V.: Então (sempre que alguém quer te falar algo ruim ela começa com então), eu gosto muito de vc, sei q vc gosta de mim mas..
( PARA TUDO!! No mesmíssimo momento que ela parou para respirar, eu já havia me sentado, minha circulação havia parado, e eu já estava rezando um Pai-Nosso mental)
V.: Não vai dar para sairmos a tarde só a noite
Eu: Ok
V.: Tudo bem
Eu: OK

[Onomatopéia de Deligar Telefone]

Eu: Cuzona

PESSOA DRAMÀTICA!

Quase me mata do coração! Apesar que tudo isto, pensou eu, foi uma estratégia para que ela pudesse obter meu OK. Primeiro faça a pessoa pensar que a noticia não é ruim e sim péssima. Quanto mais vc puder piorar o clima e dar a entender algo muito horrível para a vida daquele a receber a noticia, melhor é. Assim quando vc dar uma noticia ruim a pessoa vai aceitar sem nenhum problema já que pensava que a noticia seria muuuuito pior.
Vimos que a V. domina esta técnica do dramalhão mexicano com uma maestria digna da Televisa.

Após me recuperar do trauma colocando o dedo molhado na tomada e fazendo um tratamento de eletrochoque caseiro, pego um livro para ler e matar o tempo.

No decorrer deste matar o tempo, falo com Elzão e marcamos OUTS para ir a noite, ela me lembra de chamar a V.
Ligo para Bruneka que diz que queria ir mas que não vai because que Vaguim não deseja ir e que a amiga dela tbm não, com isto sem este apoio ela não conseguiria convencer a mãe.
Fico triste pq Bruneka não vai e segundos antes de desligar ela me pergunta se eu vou chamar a V.

¬¬º

Só porque uma única vezinha eu fiz isto vou ter que levar este karma para o meu tumulo. Até minha mãe pergunta se eu chamei ela para sair.
Sinceramente, se a v. soubesse quais “pulgueiros” eu freqüento não iria querer sair comigo nunca.

Tarde acaba comigo recebendo uma ligação da V. dzendo para que eu vá para a casa dela onde Loirão and seu marido Dilnei estão me esperando para tomar café.

Ufa. Ta grande. Daki a pouco eu posto a segunda parte